Mafalda é uma personagem de histórias em
quadrinhos escrita e traduzida em imagens pelo cartunista argentino Joaquín
Salvador Lavado, mais conhecido como Quino. Ela animou as tiras
cultuadas por fãs em todo o Planeta de 1964 a 1973. Esta personagem,
que logo se tornou célebre entre os leitores de suas histórias, é uma garota
constantemente inquieta com a trajetória do ser humano e a paz no mundo.
Esta menina rebelde,
inconformada diante do contexto mundial recente, tornou-se extremamente popular
em todo o continente europeu e na América Latina. Inúmeras vezes ela foi comparada à
criação do norte-americano Charles Schulz, Charlie Brown, especialmente pelo
escritor Umberto Eco, em 1968, que via em ambos um temperamento triste e
suave. Este autor também caracterizava Mafalda como uma protagonista propensa à
ira, justamente por não aceitar as coisas como elas são.
As aventuras de Mafalda foram narradas em
três veículos – Primera Plana, El Mundo e Siete Días Illustrados. Quino foi
sempre um autor exigente, doando-se integralmente a sua criatura, com um estilo
distinto de outros cartunistas, que dividiam sua produção com outros artistas e
desenhistas. Ele fez questão de manter um vínculo direto com sua personagem, responsabilizando-se
sozinho por ela. Assim, não foi difícil para o autor descobrir o momento exato
em que ela deveria interromper sua trajetória e partir, antes que qualquer
leitor pudesse se dar conta de que ela tinha completado sua jornada.
Mafalda foi provavelmente criada no contexto
histórico conhecido como Pós-Guerra Fria. Seu criador, o cubano David Viñas,
sob um regime ditatorial, encontrou nesta personagem uma forma de expressar
suas meditações sobre um mundo recém-globalizado, integralmente capitalista, no
qual o comunismo está quase totalmente ausente. Assim, ele podia criticar as
leis cubanas e transmitir sua visão de mundo sem ser atingido pelas malhas da
repressão.
Esta garota rebelde nasceu, portanto, em
1962, pronta para protagonizar um cartoon publicitário destinado a ser
divulgado no jornal argentino Clarín, mas, devido a uma súbita ruptura do
contrato, este trabalho foi inutilizado. Mafalda só se transformou em um
cartoon concreto graças ao estímulo de Julián Delgado, amigo de Quino, então
editor-chefe do Primera Plana, veículo semanal.
A tira de Mafalda foi lançada no exemplar de
29 de setembro de 1964, mas somente Mafalda e seus progenitores foram
apresentados nesta edição; o personagem Filipe é acrescentado em janeiro de
1965. Mas uma divergência de natureza legal aparece em 9 de março deste mesmo
ano e o quadrinho é suspenso. Uma semana depois, porém, Mafalda ressurge em
versão diária no El Mundo de Buenos Aires.
Manolito e Susanita são elaborados em poucas
semanas e, quando a mãe de Mafalda descobre que está esperando um bebê, o
veículo no qual a tira circula entra em falência, no dia 22 de dezembro de
1967. Em 2 de junho de 1968 a história em quadrinhos renasce no jornal Siete
Días Illustrados.
No dia 25 de junho de 1973 Quino encerrou a
publicação das tiras de Mafalda. Depois disso ele raras vezes a ressuscitou,
apenas em momentos muito vinculados à imagem da personagem, como as lutas pelos
Direitos Humanos. Em Buenos Aires, capital da Argentina, uma praça foi batizada
com seu nome, uma prova da importância desta personagem.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda
http://www.mafalda.net/pt/geschichte.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda
http://www.mafalda.net/pt/geschichte.php
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