[...]
Viu dormida numa cadeira, os
cabelos longos espalhados nos ombros. Depois de lavados e penteados tinham-se
transformado em cabeleira solta, negra, Um rasgão na saia mostrava um pedaço de
coxa cor de canela, os seios subiam e desciam levemente ao ritmo do sono, o
rosto sorridente.
A espiá-la, num espanto sem limites, como tanta boniteza se escondera sob a poeira dos caminhos? Caído o braço roliço, o rosto moreno sorrindo no sono, ali, adormecida na cadeira, parecia um quadro. Quantos anos teria? Corpo de mulher jovem, feições de menina. (Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela – 1958)
A espiá-la, num espanto sem limites, como tanta boniteza se escondera sob a poeira dos caminhos? Caído o braço roliço, o rosto moreno sorrindo no sono, ali, adormecida na cadeira, parecia um quadro. Quantos anos teria? Corpo de mulher jovem, feições de menina. (Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela – 1958)
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