Por: Jacqueline Gaudard
Não serei poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida...
(“Mãos
dadas”, SM)
O mundo é uma lama, mas o
poeta através da penetração surda do “reino das palavras” consegue extrair o
material necessário para colocar toda a sua indignação perante os
acontecimentos que o cercam, pois, agora, ele têm “duas mãos” e o “sentimento
do mundo”. É o sujeito abdicado da sua condição de gauche que conduz a
poética. Trata-se da plena consciência da sua situação de homem presente no
mundo, sobretudo, em face dos problemas de caráter coletivo que o homem
atravessa, no momento de conflito do “dever-ser”, atuante em relação as suas
perplexidades, misérias, anseios, angústias... Onde tudo é incerto, porém, funciona como matéria que conduz à nova
verdade.
Os
poemas Elegia 1938, Os ombros suportam o mundo e O congresso internacional do medo –
ambos pertencentes ao livro Sentimento do
mundo (1940) –, caracterizam todo o sentimento negativo do poeta, que vê o
homem esmagado pela grande “máquina do
mundo” que é o sistema capitalista. Nele observamos o cotidiano retratado
de forma violenta, onde as emoções vivenciadas pelo sujeito poético,
representam o verdadeiro sentimento de angústia do ser, em se fazer parte desse
“mundo caduco” e cheio de
contradições. É o eu retorcido em forma
de medo, desencanto, indiferença, certeza, compromisso, solidariedade e esperança
que conduz a poética. É o “eu menor que o mundo” que se manifesta contra as
atrocidades cometidas pelo homem no período entre guerras. É o eu que
desabrocha o sentimento, marcado pela solidão, pela impotência do homem, diante
de um mundo frio e mecânico, que o reduz a objeto.
Em Drummond, o que vemos é a reflexão poética girando em
torno da visão anticapitalista, pois o poeta nega o mundo presente e assume um
papel de engajamento das causas políticas ao “lutar com palavras” na difícil tarefa de combater a “Grande Máquina”, mesmo que a luta seja
vã. A palavra, agora, é instrumento de
luta na obra, responsável pela grande contradição no seu “dever-ser” de homem,
poeta e político:
ELEGIA 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
O tom triste no qual é levado o poema Elegia 1938, é o retrato que caracteriza bem a insatisfação do poeta em relação ao sistema “terrível” da “Grande Máquina”. Sistema esse que aniquila o indivíduo ao nada, que reduz as suas forças de forma impotente como prova do seu poder de destruição. Partindo da idéia de coletividade o poeta proclama: “Trabalhas sem alegria para o mundo caduco/onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.” Portanto, o que observamos é um verdadeiro sentimento de rejeição desse mundo marcado por violentas “ações” que não inspiram nenhum exemplo a humanidade. Entretanto, a cidade está cheia de supostos “heróis” de bronze que insistem em louvar as suas virtudes, seus feitos, sua coragem, de homem combatente e fiel à pátria, pois com sua bravura foram levados pelo sistema à lutarem contra a própria humanidade, destruindo o mundo e a si mesmo. O poeta canta o horror da guerra e manifesta todo o seu sentimento de ironia com relação ao combatente, que depois de lutar por um sistema cruel e, defender os ideais que não representam o bem de todos como forma de contribuição para uma sociedade mais justa, servem como figuras que ilustram, nas praças, o exemplo de homens que não renunciaram e, que deram o seu sangue pela causa:
Heróis enchem os parques da cidade em que te
arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
A
“Grande Máquina” torna-se,
definitivamente, a metáfora do mundo moderno e caótico, que leva o indivíduo a
alienação e a tendência destruidora de si mesmo, adiando “para outro século a felicidade coletiva”. É ela que dita as regras
do viver, do comportamento do homem, das ações, tornando-os semelhantes a ela.
Pois é ela que o torna impotente a essa realidade, como ele mesmo diz: “Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a
injusta distribuição/porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.”
Além disso, o que podemos depreender desses versos é o caráter emblemático
que tornou-se a poesia, pois ela representa o cumprimento de uma profecia, que
casualmente remete ao atentado do World Trade Center, atentado esse que abalou as estruturas do
mundo. Pois, o acontecimento faz, agora, parte de um novo ciclo da nossa atual
história.
O
poema também nos remete para alteridade, no sentido de transmitir ao outro
(diferente) a voz da exclusão, do sujeito desprovido dos direitos em quanto
homem atuante nos problemas do mundo onde ele proclama que o sujeito: “Amas a noite pelo poder de aniquilamento
que encerra/e sabes que dormindo, os problemas te dispensaram de morrer.” É
somente através da noite que o sujeito tem o poder de anular e destruir todos
os problemas, pois dormindo ele se exime da árdua tarefa de resolve-los durante
o dia, que persiste em o aniquilar em quanto ser existente no mundo, pois à
noite “os problemas te dispensam de
morre”. Porém, “o terrível despertar”
lança-os novamente para a dura realidade do dia-a-dia em se viver o mundo, pois
só “prova
a existência da Grande Máquina/e te repõe, pequenino em face de indecifráveis
palmeiras. ” Mas tendo o “coração orgulhoso”, ele não se permite
em lutar contra essa estrutura econômica e sociopolítica, pois logo anuncia sua
impotência diante dela e, confessa ter “pressa
de confessar tua derrota”. E prossegue, assim, a praticar “laboriosamente”, os mesmos “gestos universais”, pois “sentes calor e frio, falta de dinheiro,
fome e desejo sexual.” O poema fala, que esses gestos, são frutos da
constante repetição das ações dos homens, que não se cansam de repetir os
mesmos erros de outrora. Portanto, o que fica no poema é a idéia de verdadeira
dificuldade de se continuar a caminhada perante a esse sistema, que insiste em
oprimir o homem com suas ações políticas de visão capitalista.
OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossege
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossege
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Contudo,
a poética drummondiana prossegue com o peso em que o mundo insiste em dar ao
homem, pois, agora, somente “os ombros
suportam o mundo”. Em verdade, o que vemos é o poeta em sua plena
consciência de sujeito presente no mundo, pois diante de tantos problemas “os olhos não choram” mais e, suportam
com o coração “seco” a dor da sua
existência: “E o coração está seco.”
Em “Os ombros suportam o mundo”,
percebemos um tom de conformidade perante as coisas, pois “não adianta morrer” para escapar de suas misérias. A “vida” segue em “ordem”, sem nenhuma alteração de sentido das coisas que o cercam,
é cíclica. O homem aprende que não adianta mais dizer “meu Deus”: “Chega um tempo
em que não se diz mais: meu Deus/Tempo de absoluta depuração.” Logo mais
adiante, o poeta revela que o sentimento de “amor”
tornou-se “inútil” com relação a
tantas perplexidades cometidas através dos gestos violentos dos homens,
proclamando ser: “Tempo em que não se diz
mais: meu amor./Porque o amor resultou inútil.” Porém, as “mãos” continuam a tecer o “rude trabalho” da vida cotidiana.
Neste
poema, entretanto, o poeta ainda mantém a esperança da vida, pois ela
“prossegue” como produto da sua condição de se “dever-ser” no mundo. A idéia de
ser perdido no mundo não é mais absorvida como antes, no “Soneto da perdida esperança”, de BA, onde anunciava no seu
primeiro verso: “Perdi o bonde da
esperança.” É os acontecimentos que o faz mudar de posição diante do se
pensar o mundo, pois ele não se cala. Mas tenta através de sua poética
escandalizar, gritar e agredir esse mundo convencional que sufoca o ser entre o
dever-ser e o que é.
Além
disso, a condição de poeta voltado inteiramente para vida ainda é defendida,
sobretudo, quando ele deixar de assumir
a sua condição de exilado – como sentido
de fuga do sofrimento do eu abalado pelas coisas – , para se lançar “sozinho”
no mundo, na vida:
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste
sozinho, a luz pagou-se,
mas
na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És
todo certeza, já não sabes sofrer.
E
nada esperas de teus amigos.
Portanto,
ele volta-se inteiramente para a realidade da vida, consciente e certo de que “já não sabes sofrer” perante os fatos do mundo e, que nada poderá
esperar do homem. Em seguida, o poeta declara: “Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?/Teus ombros suportam o
mundo/ e ele não pesa mais que a mão de uma criança.” A idade avançou e à
morte se aproxima, porém, como uma espécie de medo da vida, das condições que
ela oferece ao ser já cansado da sua caminhada. Ela representa uma angústia da
sua descoberta, pois o mundo “não pesa
mais que a mão de uma criança” em pleno começo da vida, sem nenhuma
experiência da realidade do mundo que o cerca. O sujeito mesmo com o peso da
sua idade suporta o mundo, mas o despertar de uma nova vida representa a
angústia de reviver suas misérias e suas contradições: “As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios/provam apenas
que a vida prossegue/e nem todos se libertam ainda.” Mesmo que o sujeito
prefira à morte, ainda assim, não há a libertação dos seus males, pois o poeta
proclama: “Chegou um tempo em que não
adianta morrer”. Então a vida segue apenas, “sem mistificação”.
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
O medo da vida é o que conduz a poética, pois, agora, o poeta diz: “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte/depois morreremos de medo”, não é o sentimento da morte que afligi o poeta, nem tão menos o sentimento de morte que o move, e sim, a idéia da vida que continua o seu percurso normal das coisas. Em Congresso internacional do medo, o poeta declara que “provisoriamente não cataremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos”. O amor não faz parte do mundo presente, pois a linguagem que prevalece é a do medo, por isso, percebemos o exílio desse sentimento que existe, mas não se faz presente e, está abaixo do subterrâneo. Logo adiante o poeta continua a declarar: “Cantaremos o medo, que esteriliza os braços/não cataremos o ódio porque esse não existe”. Até o “ódio” não é suficiente para mover a indignação do sujeito, que vive esmagado pelo sentimento de medo, pois somente o medo tem o poder de paralisar os “braços”, o corpo, a vida. O medo tornou-se “pai” e “companheiro” na árdua tarefa de prosseguir o sentido da existência:
CONGRESSO INTENACIONAL DO MEDO
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
O medo da vida é o que conduz a poética, pois, agora, o poeta diz: “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte/depois morreremos de medo”, não é o sentimento da morte que afligi o poeta, nem tão menos o sentimento de morte que o move, e sim, a idéia da vida que continua o seu percurso normal das coisas. Em Congresso internacional do medo, o poeta declara que “provisoriamente não cataremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos”. O amor não faz parte do mundo presente, pois a linguagem que prevalece é a do medo, por isso, percebemos o exílio desse sentimento que existe, mas não se faz presente e, está abaixo do subterrâneo. Logo adiante o poeta continua a declarar: “Cantaremos o medo, que esteriliza os braços/não cataremos o ódio porque esse não existe”. Até o “ódio” não é suficiente para mover a indignação do sujeito, que vive esmagado pelo sentimento de medo, pois somente o medo tem o poder de paralisar os “braços”, o corpo, a vida. O medo tornou-se “pai” e “companheiro” na árdua tarefa de prosseguir o sentido da existência:
Cantaremos
o medo,
.................................
o
medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o
medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos
o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo depois da morte...
O
sujeito é sufocado pelo sentimento de medo, que paralisa os homens, sepulta-os
no isolamento, impede a queda das barreiras e mantém o mundo caduco. Portanto,
é esse sentimento que provoca a total paralisia do plano social e coletivo, em
todos os seus níveis, lugares e grupos. Mesmo depois da morte o medo paralisa,
pois “sobre nossos túmulos nascerão
flores amarelas e medrosas.”
Mais tarde a idéia do medo continuará
a perseguir a poética drummondiana, no livro A rosa do povo, de 1945, no poema intitulado O medo, quando o poeta declara: “E
fomos educados para o medo/Cheiramos flores de medo/Vestimos panos de medo.” É
a temática do medo conduzindo a vida do sujeito no seu sentido de dever-ser no
mundo. Pois como declara o critico literário Antônio Cândido na epígrafe do
poema: "Porque há para todos nós um
problema sério/Este problema é o do medo."
Para
terminar toda a ilustração do sentimento de rejeição perante a esse “mundo caduco”
no qual o poeta se propôs a cantar, com toda a magia da palavra e
transcendência do ser consciente do seu papel de dever-ser no mundo. O que fica
é a percepção de homem combatente e atuante no mundo dividido pelas forças do
sistema capitalista, que oprime e fere o homem no sentido mais trágico de sua
existência.
Referências Bibliográficas
____________________________________
ANDRADE, Carlos Drummond de.
Antologia poética. 40ª ed. Rio de Janeiro, Record, 1993.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura
brasileira. 39ª ed. São Paulo, Cultrix, 1994.
CORREIA, Marlene de Castro. Drummond
a magia lúcida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002.
MORAES, Emanuel de. Drummond Rima
Itabira Mundo. Rio de Janeiro, José Olympio, 1972.
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